Eu sou a primeira a defender que a maquilhagem não deve ser levada a sério. Contudo isto não impede que surjam certos tópicos que mereçam um pouco de seriedade. E este é um deles. Mas que fique bem claro que eu não quero, de maneira nenhuma, impor nenhum tipo de posição. Quero apenas partilhar algo que dá o que pensar 🤔.
"Ok... mas onde está o cerne do problema?"
Como devem imaginar, em pleno século XXI e com todos os desenvolvimentos científicos e técnicos, testar em animais para proteger humanos já não é assim tão necessário. Muito menos quando se trata de produtos de cosmética, cuja finalidade é, essencialmente, bastante superficial para a sobrevivência da espécie humana. Mas infelizmente certas marcas ainda sujeitam vidas não-humanas, despidas de possibilidade de escolha, a testes absolutamente indignos, tudo em prol da maquilhagem - e outros produtos de consumo em massa -. Sem entrar em muitos detalhes que vos despertem vontade de fugir deste post, nos testes conta-se desde injecções a aplicações abusivas de substâncias duvidáveis, que muitas das vezes destroem os organismos dos seres a que lhes foram aplicados. Para quem tem está curioso, basta clicar aqui. Mas atenção! O conteúdo é explícito.
"Mas não existe uma legislação europeia contra isso?"
Existe. Desde 2004 que entrou em vigor uma legislação europeia relativa que proíbe a realização de testes de produtos finais em animais. Mais tarde, em 2013, essa proibição foi alargada à venda de produtos de cosmética que contenham ingredientes testados em ensaios de toxicidade específica, isto é, toxicidade por utilização repetida, toxicidade para a reprodução e toxicocinética, em substâncias a utilizar para fins cosméticos. O objectivo, segundo a Comissão Europeia, é aperfeiçoar e incentivar técnicas alternativas na fabricação de produtos. Se quiserem, procurem na internet pela directiva 2003/15/CE e pela Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a Proibição da Experimentação em Animais e a Proibição da Comercialização e a Situação Actual em Relação aos Métodos Alternativos no Domínio dos Cosméticos, feita em 2013.
"Então na UE não se testa em animais, não vejo qual é a controvérsia..."
A incoerência nasce na China. Na China certas substâncias dos cosméticos têm que ser primeiramente testadas em animais, é uma exigência legal. Significando que certas marcas que vendem na Europa, e que tão grandemente aclamam nos seus sites serem contra testes em animais, criam excepções para entrar no mercado chinês. E deixem-me só realçar, que a China é o único país do mundo com tais requisitos legais.
Mas agora vamos aquilo que toda a gente quer saber, eis algumas marcas que testam: Maybelline, Rimmel London, L'Óreal, M.A.C, Avon, Mary Kay, Revlon, Clinique, Chanel, Benefit, Makeup Forever e a Marca da Sephora.
E agora as boas notícias, estas são algumas marcas que não testam: Too Faced, Kat Von D, Essence, Catrice, Gosh, Anastacia Beverly Hills, Jordana, Makeup Geek, Milani, Urban Decay, Wet n' Wild e a Zoeva.
Para listas mais completas cliquem aqui e aqui.
Para mais informações em geral aconselho-vos os sites Cruelty-Free Kitty e Logical Harmony.
Eu acho extremamente hipócrita por parte das marcas e eu simplesmente não consigo concordar com a forma egoísta e indigna que os animais são tratados naqueles laboratórios. Eu tenho uns quantos produtos de marcas que revendem na China, mas não os tenciono deitar fora visto que o dinheiro já foi gasto, o apoio monetário já entrou dentro das companhias. Se falarei deles aqui no blog... isso logo vejo.
CarolinaFRC
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